62ºDia - Potosi-PT-Bolivia (Descanso)
Frio!!!!
Frio!!!!
Compramos casacos de lhama, pois lhama esquenta bem! Casacos chiques e carissimos... 10 bolivianos cada um. (3reais)
A cidade eh bem cheia, e bem baguncada. Almoco? Sò pollo. lanche? Sò hamburguesas. Tudo com a mao, tudo com muito oleo... do bom e velho jeitinho boliviano. Cafe da manha, fazemos o nosso. Leite com toddy, pao (depois de muito andar e conseguir um pao), e mortadela.
A noite fomos a um Pub com colombianos e belgas, onde estava tocando uma banda de reggae. Conhecemos o primeiro brasileiro na Bolivia! Seu nome è Ramon, o que ficou muito engracado de nos dois nos apresentarmos juntos: Paloma e Ramon, que em espanhol significa pomba e presunto, respectivamente.
Estavamos tomando uma cerveja, escutando um som, conversando em portunhol... ateh olharmos no relogio e ver que faltavam 5min para as 23h. Tivemos que sair correndo, pois o alojamento fecha as 23, e depois disso ninguem entra ninguem sai. Gringo nao pode nem curtir um baladinha?
63ºDia - Potosi-PT-Bolivia (Descanso)
Lemos sobre a tal Laguna de Tarapaya, um vulcao que em vez de larva brota àgua fervente. Achamos que ia ser bem caro, como todos os passeios que vimos ateh entao, e nao pudemos desfrutar de nenhum. Fomos ateh o terminal, e chegamnos no primeiro homem gritando:
-Tarapaya! Tarapaya!Tarapaya!
- Como està para Tarapaya?-3 pesitos.
- e para entrar na laguna?
-4 pesitos.
È assim que brasileiro gosta! Compramos uma coca e entramos no onibus. Do meu lado havia um idoso mascando coca sem parar, e aproveitei entao para pedir aulas de como mascar coca. Antes de explicar, ele fez questao de falar que coca eh uma erva sagrada, e com ela voce vai longe! Entao eh essa mesma! Tirou um pedacinho de uma bolinha que levava solta no bolso, tirou a pontinha de cada folha, e ia guardando no lado da boca. Fizemos igual e fomos longe!
64ºDia - Potosi-PT-Bolivia (Descanso)
Bem, jà estou melhorando do resfriado. Hoje o Fàbio seguiu caminho atè Uyuni. Corajoso esse homem! Aqui faz muito frio, e o clima eh muito seco. A cidade è cheia de ladeiras, e eh uma dificuldade subi-las, imagina andar de bicicleta. Bem, eu prefiri as ladeiras.
Durante a tarde, fiquei conversando com um vizinho muito legal que conhecemos. Boliviano, mas jà eh mochileiro hà quase 10 anos. Tem uns 50 anos, jà conhece o mundo todo e jà morou no Brasil. Mas o mais interessante, è a companhia dele: a Chick (se pronuncia Tik). Uma cachorrinha muito fofa, que ele achou na rua, e nao se separam mais. Leva ela para todos os lugares, inclusive jah foi ao salar duas vezes.
Cadelinha mochileira. Mochila ela nao tem, mas anda com seu inseparavel "peluchi", um gatinho de pelucia.
A noite estava tendo um festival contra a discrimanacao racial, com varias bandas. Muito diferente, um ritmo bem latino. Fiquei amiga de um pessoal mochileiro e acabei parando num karaoke, que aqui è soh o que dar.
Ai falaram que no karaoke tinha musica brasileira tambem, e fizeram questao de que eu cantasse. Entao a musica comecou: "Estoy hacendo amor, con otra persona... Pero mi corazòn..." ¡Alejandre Pirez! ¿Conece?
Ai falaram que tem muita musica brasileira que faz sucesso aqui. Calypso! E o colombiano tambem cantou "Bomxi Bomxi Bombombom..."
Sò falei: "Isto ès malo. Hay mutchas cosas buenas in Brazil."
Ai depois eu voltei, pois nao queria ficar de fora do alojamento.
65ºDia - Uyuni-PT-Bolivia (Descanso)
Bem, com muito esforco, consegui juntar todas as coisas em uma trouxa, pois estava com minhas coisas e do Fàbio, e nao è poiuca coisa nao. O terminal onde sairia o onibus para uyuni era do outro lado, depois da ladeira. Ladeira abaixo.
Fui eu com a bike cheia de coisa, a trouxa meio amarrada em cima e um mochilao nas costas. Tinha que parar de 50 em 50m para descansar, e dar uma ajeitada na trouxa que insistia em fazer peso prum lado, quase me fazendo cair. Descobri que os bolivianos nao sao cavalheiros. Sofri mas cheguei, e pelo menos agora eu e o fabio estamos quites, pois tambem carreguei as coisas dele (hehehe).
A viagem foi longa. Mais de 6h, para 200km de terra.
Muita lhamas. Me arrepiei. E ficava com o pescoco esticado na janela, procurando mais. E tinham muitas! Mas eu fazia questao de ver todas. A boliviana que estava ao meu lado jà nao devia aguentar eu falar "-olhaaa!" o que tem de fantastico em uma lhama?
mas è uma lhama!!!!!!!!!!
E no trecho final, a recompensa: o salar de uyuni ao fundo.
¡hasta pronto!